terça-feira, 16 de setembro de 2014

Chilli Beans e APAE:
uma parceria que deu certo.


Acima a imagem da pequena Alice e seus óculos, abaixo uma moça levando as mãos no rosto como que formando um óculos com os dedos e ao lado dela os óculos  da marca Vista.




Essa manhã li uma reportagem na página do Movimento Down (www.movimentodown.org.br) que me deixou muito feliz, uma bela parceria da marca Chilli Beans com a APAE de São Paulo. Uma linha de óculos desenhada pela menina Alice, 12 anos, com Sindrome de Down. A menina sonha em ser estilista e agora assina seu primeiro trabalho. 
Parte da renda obtida será destinada a instituição que atende e auxilia crianças com deficiências intelectuais. 
O fundador da Chilli Beans, Caio Maia, em informativo oficial declarou: “É a mais importante ação social já feita por nós”.
Estou plenamente feliz e cada vez mais fã da marca Chilli Beans que além de ter ótimos produtos tem ótimas iniciativas, mostrando plena consciencia social. 
A superintendente da APAE de São Paulo, Aracélia Costa, declarou: “Parcerias, como esta feita com a Chilli Beans, consolidam o quando é possível trabalharmos juntos pela inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual na sociedade. O valor recebido com esta ação será investido em projetos voltados à inclusão profissional” .
A linha Vista (nome da linha de óculos ) veio acompanhada da companha na rede "O Gesto" que consiste em o internauta tirar uma foto levando as mãos aos olhos como que formando um óculos e postando com o hashtag #EnxergueoMundoMelhor.


A linha foi lançada ontem (15) e já está nas lojas. 

Abaixo alguns links para mais informações sobre o projeto.

http://www.chillibeans.com.br/vista
http://www.movimentodown.org.br/2014/09/menina-com-sindrome-de-desenha-linha-de-oculos/

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O SEXO E AS NEGAS



Eu não escrevia a muito tempo, a falta de tempo me consome, porém ontem assistindo a globo de cara com a nova minissérie da Globo: "Sexo & as Negas". Como assim? Qual é o tipo de reforço de esteriótipo esse programa trás? Já parou pra pensar?

A série “Sexo & as Negas” será uma versão de “Sex & the City” ambientada no bairro de Cordovil, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o criador é o conhecido escritor e ator Miguel Falabella. A Série vem reforçar o esteriótipo preconceituoso que liga a mulher negra à pobreza, e o mais grave: "SEXO"? Essa palavra no título de dúbio sentido vem reforçar a mulher como forma-objeto. A mulher negra não tem seu lugar merecido representados na mídia, pois o Brasil é o segundo país "mais negro" do mundo e mesmo assim negras continuam sendo representadas com sensualidade e ligadas ao sexo e ao samba. Os negros e pardos são minoria entre os personagens da teledramaturgia e da publicidade e quando são incluídos fazem papeis ligados a classe pobre e da periferia. Não que não possamos retratar o subúrbio que faz parte da nossa realidade, mas porque a teledramaturgia insiste em reforçar o clichê de pobreza e negritude como sinônimos?


"Eu falo de mulheres que, por acaso, moram em uma comunidade, mas que querem ficar bonitas, querem arrumar homens que as amem e que cuidem de suas possíveis crias. É como qualquer outra mulher no mundo! São quatro mulheres negras de Cordovil, com os mesmos dramas das nova-iorquinas. Elas são vibrantes, extremamente arrumadas e donas de outra relação com o corpo", explica Falabella.

Notemos a fala do criador da minissérie, expressões como "Homens que cuidem de suas CRIAS" e "COM OUTRA RELAÇÃO COM O CORPO" trazem implícito a visão de uma mulher sem grandes perspectivas que tem CRIAS (?) , e a relação de sensualidade e vaidade com o corpo tão clara como água cristalina.
Sinto muito pela TV brasileira continuar a retratar as mulheres do nosso Brasil sendo em sua maioria branca, magra e com curvas avantajadas e naturalmente disponíveis para o sexo. Somos muito mais do que isso, alcançamos lugar de destaque dentro das universidades, do ambiente de trabalho, nos projetamos dentro de uma sociedade que ainda é em sua maioria machista e sexista, somos verdadeiras guerreiras. Esses programas televisivos continuam a agredir a imagem da mulher. Insisto em dizer que o fato de falar de mulheres negras dentro de uma periferia não é o tema da critica e sim nos escassos papéis com atores ou atrizes negros que são destinados, em sua maioria, a personagens de menor importância na trama ou com uma condição social mais baixa.
Que possamos ter uma visão crítica quanto as informações que recebemos todos os dias e possamos como cidadãos conscientes extirpar esse tipo de programação simplesmente NÃO DANDO IBOPE!

Blogs consultados: 
http://www.cafecomnoticias.com/2014/09/sexo-e-as-negas-quer-dar-um-novo-olhar.html#.VA3XO8KwKqY
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/vem-ai-na-globo-mais-uma-serie-para-colocar-as-negras-em-seu-devido-lugar/

domingo, 18 de maio de 2014

EXOESQUELETO BRASILEIRO,
 UMA ESPERANÇA NACIONAL

Acima o Neurocientista Miguel Nicolelis ao lado do exoesqueleto.

Hoje vamos dar uma pausa em nossas matérias sobre a comunicação para que eu possa trazer a vocês uma belissíma noticia: O EXOESQUELETO BRASILEIRO ESTÁ QUASE PRONTO!
O Exoesqueleto é um peojeto liderado pelo Neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis está projetando a meses uma espécie de esqueleto humano que fará uma9 pessoa Tetraplérgica dar o primeiro chute da bola da copa. Esse projeto chamado de "Walk Again Project" (caminhar novamente) conta com uma equipe de 170 pesquisadores internacionais.. O time de cientistas conta com pesquisadores da Universidade de Duke, nos EUA, e do Instituto de Neurociências em Natal, RN, que é dirigido por Miguel Nicolelis. Mas esse projeto não é feito só para a copa, ele é uma pesquisa dirigida pelo Brasil com intuito de futuramente dar a possibilidade de andar a todas as pessoas que tiverem problemas de lesão medular severa (que faz com que ele seja paraplérgico). O exoesqueleto funciona de forma incisiva, porém eficiente: ele pode ser conectado ao cérebro do paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu próprio corpo.
Nicolelis acredita que, com um chute feito a partir de uma perna robótica de alguém com paralisia, o mundo terá a prova de que o Brasil é um país que vai muito além do futebol.
Então que o projeto dê certo e que a copa no Brasil realmente deixe bons frutos!

Abaixo um vídeo com uma demonstração do exoesqueleto em ação.

sábado, 17 de maio de 2014

AUDIODESCRIÇÃO? O QUE É ISSO?

Acima a imagem de bailarinas com tulis longos e brancos dançando ao fundo a mais a frente da tela uma moça de blusa cor creme e com os olhos vendados, com um meio sorriso e os braços semi abertos dando a entender que está mostrando uma solução. A esquerda a frase "É possível ver a cultura com outros olhos".

Continuando nossas matérias sobre a acessibilidade na comunicação vamos falar sobre a audio descrição. 

Começemos identificando O QUE É: A audiodescrição é o recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual em cinema, teatro e programas de televisão. No Brasil, segundo dados do IBGE, existem aproximadamente 16,5 milhões de pessoas com deficiência visual total e parcial, que encontram-se excluídos da experiência audiovisual e cênica.
A acessibilidade nos meios de comunicação é um tema que está em pauta no mundo todo. Os esforços neste sentido visam não apenas proporcionar o acesso a produtos culturais a uma parcela da população que se encontra excluída, como também estabelecer um novo patamar de igualdade baseado na valorização da diversidade.
“Dizem que uma imagem vale mais do que 1000 palavras, pois bem, a audiodescrição é muito mais que as tais 1000 palavras.”
Hoje em dias existes muitoooossss filmes que não possuem audiodescrição, na verdade é uma quantidade muito pequena de filmes e sabemos que os teatros e atividades culturais não dispõem da audio descrição. Se você quer entender como as pessoas com deficiencia visual se sentem tente assistir QUALQUER filme sem audio descrição de olhos fechados, qualquer vídeo no Youtube e veja se consegue entender algo, e então eu me pergunto: isso é justo? Todos tem direito a cultura e por isso precisamos nos dar conta que a audio descrição (e outros recursos) precisam ser divulgados! 
Abaixo eu coloco um vídeo com uma parte do filme "Meu Querido John" com audiodescrição para que possas conhecer o que é a audiodescrição, e se tu veres de olhos fechados verá a "jóia rara" que é para quem não tem a visão. 

(Devido a problemas no sistema do Blogguer acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=pZCf1MbDvY8 )


Vamos nos ligar e aprender que A INFORMAÇÃO É A MELHOR ARMA CONTRA O PRECONCEITO! 


quarta-feira, 14 de maio de 2014

E UM BOM FILHO A CASA TORNA!! 

Depois de dois meses o blog está sendo ativado novamente e com a corda toda. 
Vamos começar com uma série de matérias sobre a inclusão, diversidade e a comunicação!
Muitas vezes não temos noção das diversas formas de comunicação de precisamos usar para que possamos tornar nossa sociedade inclusiva, e aqui vamos conhecer algumas formas ao longo dos próximos dias!
Começaremos com o BRAILLE.


BRAILLE, O QUE É?



O BRAILLE é um sistema de leitura através do tato para cegos. O BRAILLE foi inventado pelo francês Louis Braille. Louis perdeu a visão aos três anos, quatro anos depois (aos 7 anos) ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Aos dezoito anos (1827) tornou-se professor desse instituto. A ideia para o Braille surgiu quando Louis ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventados por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz. Então Louis fez algumas adaptações no sistema de pontos em relevo e em 1829 publicou seu método em BRAILLE.

Desde que foi desenvolvido por Louis Braille, o Braille tornou-se não apenas um meio eficaz de comunicação, mas também um caminho comprovado para o acesso e melhoria da alfabetização para pessoas cegas ou com perdas de visão significativas. A alfabetização em Braille é a chave para a empregabilidade e a plena inclusão dessas pessoas na sociedade. A Federação Nacional de Cegos (NFB) dos Estados Unidos estabeleceu uma abrangente iniciativa de alfabetização em braile em julho de 2008, para melhorar as oportunidades e as informações para cegos.

O alfabeto em Braille como mostra a imagem abaixo é escrito através de pontos que são escritos com uma reglete (espécie de regua) e uma pulsão (que serve como um lápis) em um papel mais grosso que as folhas de caderno comuns. 


Acima a reglete (regua) e a pulsão (que tem o objetivo do lápis) escrevendo no papel.



Acima o alfabeto em Braille. Cada letra tem um sistema de pontos diferenciado.



Acima um texto em Braille sendo lido com as mãos.


Abaixo um vídeo explicando o que tivemos acima e com o bonus da explicação do Soroban!
OBS: necessário ativar a legenda do youtube!!!

                                  

Espero ter começado nossa série de reportagens de uma forma interessantes... mas vem muito mais por aí! Fiquem ligados!

sexta-feira, 21 de março de 2014

DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN



Hoje é o dia internacional da síndrome de Down. Após ter passado o dia fiquei me perguntando o que postar para não ficar sendo repetitiva. Portanto achei um vídeo muito bacana que acredito que pode resumir o sentimento de amor que tenho por esses seres muito especiais.

Reportagem:

Mãe descobre que filho terá Síndrome de Down e envia e-mail para organização de apoio perguntando como será a vida da criança no futuro. Agência de publicidade italiana Saatchi & Saatchi resolveu a partir dessa carta criar a campanha a nova campanha da CoorDown, organização nacional de apoio à Síndrome de Down.
"Que tipo de vida o meu filho vai ter?", perguntou a mulher que estava com medo, pois acabara de descobrir que seu filho iria nascer com a Síndrome.
O anúncio foi feito especialmente para o Dia Mundial da Síndrome de Down (21 de março), traz 15 portadores da Síndrome de Down para responder a pergunta da mãe, mostrando as alegrias e os desafios que o filho possivelmente enfrentará no futuro.
O filme adota o conceito "Todo mundo tem o direito de ser feliz", a fim de promover a diversidade e integração na sociedade, especialmente na escola e no trabalho.
Este é o terceiro ano de trabalho da Saatchi com a CoorDown. As duas últimas campanhas ganharam 11 Leões em Cannes para a agência.
Veja o filme emocionante abaixo:



Filme em inglês, porém é só selecionar a legenda do Youtube!


fonte amiga: http://bit.ly/1qDzQjQ

segunda-feira, 10 de março de 2014



Com 77 anos a idosa com Down mais velha do Brasil esbanja saúde.



No último dia 26 de fevereiro foi divulgado o índice que comprova que a senhora Olga Gums de 77 anos é a idosa com síndrome de Down mais velha já registrada no Brasil. Olga nasceu em Santa Maria de Jetibá (região serrana do Espírito Santo), e hoje mora em um sítio no distrito de Aparecidinha, no município de Santa Tereza.
Nesse sítio tem uma vida saudável, passa o dia tocando gaita, rezando e recebendo visitas que sempre levam um pão doce da padaria, guloseima que dona Olga adora. Sempre sentada na varanda em sua preferida cadeira de balanço.
Problemas de saúde que surgem (como a catarata que a deixou cega de um olho) são decorrentes da idade e não da síndrome. Até os médicos se surpreendem com a vitalidade da idosa. 
"Fizemos de tudo para que ela fosse reconhecida. Eu vi que existia esse recorde no site do RankBrasil e me informei sobre como inscrevê-la. Chegamos a procurar apoio dos órgãos públicos, mas não tivemos sucesso. Foi então que amigos e familiares se mobilizaram para providenciar todos os papéis, pagar as taxas da papelada e, finalmente, enviar tudo para o reconhecimento. Mostramos a foto dela no jornal local e ela sorriu", diz a sobrinha-neta Pollyana Hoffmamm Gums, filha de um dos sobrinhos de Olga.
Segundo Pollyana, a tia nasceu no município mais pomerano do país e é filha de pais pomeranos que vieram morar no Espírito Santo e se instalaram na região. Por isso, não fala português. "Ela nasceu aqui, mas só fala pomerano, como muitos. Tudo que é preciso falar em português é traduzido pela minha tia Sofia Gums que é sobrinha dela e é também quem cuida e mora com ela".
Caçula entre 11 irmãos, Olga irá comemorar 78 anos em maio deste ano e deverá viver muitos anos, garantem os familiares. A expectativa de vida das pessoas com Síndrome de Down até 1990 era de 50 anos.
"O recorde foi uma conquista batalhada exclusivamente pela família, infelizmente os deficientes ainda sofrem preconceito na atualidade, mas para nós é uma felicidade muito grande ter um membro familiar reconhecido. Ela é amada independente de qualquer cromossomo a mais. É tratada com muito respeito e carinho e devolve em dobro com sua alegria", afirma a sobrinha.

Fiquei muito alegre ao ler essa reportagem por sentir o orgulho que a familia tem de sua idosa e podemos ver o reconhecimento, os cuidados e o amor despendido para essa senhora que possui a sindrome de Down. A poucos anos tinhamos pessoas com deficiências trancadas em suas casas, longe de tudo e todos sendo motivo de vergonha e hoje temos a busca pelo reconhecimento e o orgulho de mostrar como qualquer um pode ser um membro amado da sociedade, dono de uma vida com qualidade e portanto tendo longevidade. Um grande exemplo essa familia! Que possamos nos alegrar! Que possamos compartilhar essa ideia de valorização de quem amamos, independente de qualquer coisa.






domingo, 9 de março de 2014

Primeiro parque para crianças deficientes é lançado em São Paulo


Acima o empresário Rudi Fischer, fundador do primeito parque acessível em São Paulo.



O executivo do setor Rudi Fischer fundou o primeiro parque acessível em São Paulo. Ele teve essa iniciativa devido a morte trágica de sua filhinha Anna Laura, de apenas 3 anos, em um acidente de carro. Ele havia largado uma bem-sucedida carreira no Banco Itaú para trabalhar em casa e ficar mais próximo da primeira filha até que ocorreu a tragédia.
O que o ajudou a aplacar a perda foi uma viajem que o executivo fez até Israel tendo contato com os preceitos do Judaísmo. . "Aprendi que deveria realizar algo positivo em nome dela para ajudar a elevar sua alma", afirma Fischer. A ideia do que fazer veio de Jaffa, a 50 km de Jerusalém , ao conheceu um escorregador adaptado para crianças com deficiência (possuía uma rampa em vez de escada). Foi ali o pontapé inicial para a contrução do primeiro parquinho infantil acessível na cidade de São Paulo que foi inaugurado no dia 25 de janeiro em uma unidade da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Parque da Mooca, na Zona Leste.
Batizada de Anna Laura Parques para Todos, a iniciativa conta com a colaboração da própria AACD, que disponibilizou terapeutas para ajudar a projetar os brinquedos, ao lado de engenheiros e arquitetos voluntários. Ao todo são quinze peças no local, como balanços para crianças com dificuldades motoras e equipamentos com recursos para o uso por cadeirantes. 
Fischer bancou integralmente o valor da obra que foi de 120 mil reais. Ele hoje está aposentado do mercado financeiro.
A ação será levada adiante com a inauguração de mais espaços semelhantes, o próximo no Parque do Cordeiro, em Santo Amaro, ainda neste ano. Outros devem ser implantados em cidades como Recife e Porto Alegre. "É emocionante poder ajudar o próximo por meio de uma homenagem à minha filha", diz o executivo. Ele ainda pretende lançar um livro com a história da menina nos próximos meses e fundar uma ONG de auxílio a pais em luto.
São exemplos como esse que gostaria de ver estampados em revistas, telejornais e outdoors por onde passássemos para que conseguíssemos ter aquela sensação: NÃO ESTAMOS SOZINHOS! 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Árbitro Márcio Chagas sofre racismo





Nessa última quarta feira durante um jogo na serra gaúcha o árbitro Márcio Chagas da Silva sofreu agressões racistas sendo xingado por torcedores com expressões como "Macaco safado ladrão, volta para selva negro imundo". Como se isso não bastasse quando foi até o seu carro encontrou-o amassado e com bananas em cima do carro e no cano de escapamento. Isso é inaceitável nos dias de hoje e no nosso Brasil que tem em sua maioria pessoas negras! Não consigo imaginar o que passa na cabeça de pessoas que ainda acham que a cor da pele, ou como vimos na reportagem anterior, a opção sexual, nos faz sermos diferentes em direitos. Não somos iguais na forma de ser (nenhum de nós), mas somos iguais nos direitos, ir e vir sem sermos vítimas de atos de violência preconceituosos feitos por pessoas que ainda não sabem o que é respeito, consideração e educação baseada na inclusão e respeito a diversidade. 

Sinto-me muito entristecida por ter tantas noticias ruins essa semana, mas acho que episódios assim precisam ser divulgados para que possamos enchergar que existe muito trabalho a ser feito ainda e que devemos nos levantar contra essas injustiças!

Não posso deixar de levantar aqui a questão de que mesmo sem querer estamos acostumados a usar expressões racistas e segregadoras como "tinha que ser coisa de preto", "mas que bichisse" e outras coisas que devem estar vindo a sua cabeça! Não esqueçamos do que sempre insisto em dizer aqui: o preconceito vem dos detalhes, das repetições sociais que insistimos em levar adiante sem termos senso crítico!!
Sinto por mais um episódio de racismo e insisto que primeiro modifiquemos nossos comportamentos e depois venhamos a servir de exemplo para o nosso próximo!
Menino é espacado até a morte para “andar como homem”.




Um menino chamado Alex, de 8 anos, foi espancado até a morte pelo próprio pai no Rio de Janeiro. Esse caso aconteceu no dia 17 de fevereiro, porém veio à tona nessa última semana e chocou o nosso Brasil.
O menino morava com a mãe Digna Medeiros em Mossoró (RN) e após a mãe receber um aviso que poderia perder a guarda do filho por não estar mandando o menino para escola mandou o filho para o Rio de Janeiro para morar com o pai Alex André, a mulher do mesmo e mais cinco filhos num casebre de três cômodos na Vila Kennedy (Rio de Janeiro), uma área sem UPP, onde três facções rivais travam uma guerra. 
Durante o tempo que o menino ficou com o pai ele sofria “punições” severas por ser “afeminado” e para “andar como homem” (termos que o pai usou no seu depoimento para a polícia). O menino gostava de lavar a louça e de dança do ventre e por esses e outros motivos apanhava. Durante as surras ele não chorava então o pai irritado batia cada vez mais. Aconteceram essas barbáries até o dia em que o menino apanhou por duas horas até cair morto. O motivo da surra desse dia? Ele não queria cortar o cabelo. Foi levado ao hospital onde os médicos suspeitaram dos maus tratos devido a o corpo já estar cheio de hematomas nos joelhos, cotovelos, coluna cervical, rosto e tórax, entre outros locais do corpo, caracterizando que o sofrimento do menino era rotina, e ao fim constataram que o fígado foi perfurado durante o espancamento o que resultou em uma hemorragia interna e, portanto a morte.
Também é investigada a possibilidade do menino ter sofrido cárcere privado, pois os vizinhos dizem ver raramente o menino, até mesmo achando que ele tinha voltado para a casa da mãe. Não se sabe se realmente ninguém ouvia nada ou se lá impera a lei do silêncio devido a criminalidade.

Se os vizinhos dizem não saber de nada, no colégio tampouco desconfiavam do que Alex passava em casa. Matriculado em maio de 2013 na Escola Municipal Coronel José Gomes Moreira, também na Vila Kennedy, o garoto era considerado calmo, obediente e inteligente. Teve ótimo desempenho no ano passado: nota 88 no segundo bimestre, primeiro que cursou no local, nota 100 no terceiro, e 90 no último. Este ano, não apareceu, mas os funcionários não se preocuparam: em janeiro, Alex André fora à unidade pedir a documentação escolar, dizendo que o filho voltaria para Mossoró.
O “monstro de Bangu” (como os vizinhos apelidaram) negou ter tido a intenção de matar, mas insistia que o filho tinha que ser “homem”.

O pai já tinha renegado alguns filhos porem ser “pouco másculo” como ele diz, portanto já tem histórico de homofobia, além de ter comprido pena por tráfico de drogas.
Digna e o conselheiro tutelar foram os únicos que participaram do enterro de Alex. Mas a cena do menino no caixão branco, de blusinha listrada, ainda marcado pela violência, foi tão forte que levou pessoas de quatro velórios que eram realizados ao lado a sair de suas capelas para abraçar a mãe.
Essa reportagem acima foi muito difícil de ser transcrita por mim no blog, pois me sensibilizou muito. Mostra a ignorância ferrenha que as pessoas carregam dentro de si. É a ignorância, o não aceitar o diferente, uma educação deficitária e marcada pela homogeneização social, pelos padrões RIDÍCULOS DE “NORMALIDADE”. É a animalidade humana, a falta de amor!!
Gostar de lavar a louça e de dança do ventre não faz um menino ter atração por outros meninos, não são cores, brinquedos ou coisas assim que me fazem ser mulher que gosta de homem e nem te fará ser homem que gosta de mulher. São escolhas que fazemos e precisamos urgentemente mudar nossos preconceitos internos para que finalmente consigamos superar essa educação deficitária que passamos geração a geração. Sim minha gente, infelizmente mais uma vida foi ceifada nesse nosso Brasil coração do mundo. Foi no Rio de Janeiro, longe de nós não é mesmo? Você e eu não temos nada a ver com isso! Bom... não fomos nós que fizemos isso, mas não nos isentemos de nossas atitudes que por vezes são preconceituosas. Lembre-se do filme “corrente do bem”, eu diria que isso serve para a busca de um mundo diferente. Faça a diferença na vida das pessoas, faça-as mudar a própria visão de mundo e elas propagarão essa ideia e quando vermos poderemos sim mudar o mundo. Talvez eu não esteja mais aqui nesse mundo quando orgulhosamente não teremos mais essas noticias para postar, mas saberei de onde estiver que eu ajudei a melhorar o mundo quando passei por aqui e que deixei minha semente do bem espalhada por aí! Você pode fazer o mesmo. Mude de dentro para fora e contagie. Vamos lutar para que casos como o do menino Alex diminuam até o ponto de não acontecer mais. Nós podemos. JUNTOS!


Fonte amiga: http://www.wscom.com.br/noticia/brasil/PAI+ESPANCA+FILHO+ATE+A+MORTE+NO+RIO-165511

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014


ATÉ QUE PONTO TEM GRAÇA?


Acima a foto do Rafinha Bastos, apresentador da emissora Band.


Está rolando um vídeo na internet muito interessante sobre o humorista Rafinha Bastos. Em janeiro de 2012 a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) entrou com uma ação judicial contra o humorista que teria ofendido pessoas com deficiência em seu DVD “A Arte do Insulto”. 
Uma das piadas cita expressamente a Associação, é a seguinte: “Um tempo atrás eu usei um preservativo com efeito retardante … Efeito retardante… Retardou… Retardou… Retardou… Tive que internar meu pinto na Apae… Tá completamente retardado hoje em dia”.
A segunda, que atinge os direitos tutelados pela Constituição, de acordo com a petição da Apae, envolve o posicionamento do humorista em relação à fila preferencial. “As pessoas na cadeira de rodas… Ah, fila preferencial! Haha adivinha amigo, você é o único que tá sentado. Espera quieto! Cala essa boca!”.

Agora, em janeiro de 2014, o apresentador ganhou a causa em primeira instância. Este foi o entendimento do juiz Tom Alexandre Brandão, da 2ª Vara Cível de São Paulo. A decisão, é claro, não agradou a todos.

Surgiu a campanha #falapramimrafinhabastos. O publicitário Alexandre Peralta é um dos criativos por trás da concepção do filme. Em seu Facebook, ele quesitona a decisão da justiça. "Já que esse resultado sinaliza que ele pode continuar falando o que quiser, chamando deficientes de retardados, por que ele não fala direto para eles?", pergunta.
"Esse é um movimento meu, em pessoa física, com outros pais e colegas. A Apae não tem nenhum envolvimento com esse filme", ressalta ao Adnews.

E então eu me pergunto: até que ponto a piada tem graça? Como diz uma das moças do vídeo: "falta de respeito não tem graça"! E eu preciso concordar com ela. Nos dias de hoje as pessoas dão rizada de tudo, até mesmo delas mesmas e não tem o mínimo de capacidade critica de raciocinar sobre o que estão vendo! Não achei nem um pouco legal. Ele pode ter ganho devido a liberdade de imprensa, mas o meu ibope ele não ganha!!

Respeito é bom e eu gosto!!!!!

Abaixo o vídeo #falapramimrafinhabastos





terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Começa a caçada Gay em Uganda

Acima um Ugandence segurando o jornal dessa manhã contendo uma lista de gays.


Atualizando as informações postadas hoje pela manhã:

No dia de hoje foi lançado em um jornal da Uganda uma lista dos homossexuais mais influentes do país. No tablóide "Red Pepper" com uma matéria intitulada "expostos", expõe o nome e foto de persnalidades alegadamente homossexuais, ativistas que lutam pelos direitos dos gays e acreditem: pessoas que anteriormente não se alegavam gays também estão na lista!

Algo ÓBVIO aconteceu: o ativista gay David Kato foi morto depois que a lista saiu a tiros!
Complementando a noticia: aprovada em dezembro de 2013 pelo Parlamento de Uganda e promulgada nesta semana pelo presidente Yoweri Museveni, a lei prevê pena de 14 anos de prisão para uma primeira condenação de comportamento homossexual e prisão perpétua para os casos de reincidência ou para os condenados por ‘"homossexualidade agravada". A legislação promulgada por Museveni inclui homossexualidade feminina, proíbe a promoção da homossexualidade e exige que os homossexuais sejam denunciados.
E quantas vidas serão sacrificadas por causa dessa lei RIDÍCULA que grupo de homofóbicos resolveu sancionar? Quantas vidas serão ceifadas devido a ignorancia de um povo que não sabe o significado das palavras RESPEITO E COMPAIXÃO????
Está na hora de nos posicionarmos!
Não vamos retroceder, não vamos deixar que isso tome proporções absurdas, não vamos deixar que um "novo nazismo" venha a acontecer na Uganda! 
Faça sua parte, compartilhe essa ideia! E o Brasil como sempre ESTÁ NEUTRO? Isso tem a ver conosco sim, tem a ver com um mundo mais inclusivo com respeito entre todos!
Uganda sanciona lei que pune homossexuais com prisão perpétua

Acima o presidente da Uganda: Yoweri Museveni.


Yoweri Museveni, o presidente de Uganda, sancionou nesta segunda (24) a lei anti-gays que pune severamente a homossexualidade no país, dizendo que a medida é necessária para deter o que ele chama de “Imperialismo social” do ocidente para a promoção da homossexualidade na África.
“Nós, africanos, nunca procuramos impor nosso ponto de vista sobre os outros. Eles poderiam nos deixar em paz”, disse Museveni, falando sobre a pressão ocidental para não assinar a medida. “Nós temos ficado desapontados por muito tempo pela conduta do Ocidente. Existe agora uma tentativa de imperialismo social”.
A nova lei sentencia réus-primários a 14 anos de prisão, com chance de prisão perpétua como pena máxima por atos de "homossexualidade agravada", que abrange tanto a prática sexual entre adultos do mesmo sexo quanto por menores de idade, deficientes físicos ou ainda por um parceiro infectado pelo vírus HIV.
A medida já havia sido aprovada pelo parlamento do país no último dia 20 de dezembro.
Um ativista dos direitos gays de Uganda disse estar “muito assustado” com a aprovação da medida.


“Eu não vou nem trabalhar hoje (segunda-feira). Estou trancado dentro de casa. Não sei o que irá acontecer agora. Estou falando com todos os ativistas ao telephone. E é a mesma coisa: todos estão trancados em suas casas. Eles não podem se mover. Eles estão olhando para ver o que acontecerá”, afirmou à BBC.

Defensores dos direitos humanos e governos ocidentais, especialmente os Estados Unidos, criticaram a lei.

Essa lei é simplesmente terrível, pois é uma atitude completamente preconceituosa. Entendemos que cada país tem sua cultura e suas leis, mas isso é desinformação e o mais triste é que a ONU (organização das nações unidas) que deveria promover a paz deixe que essas coisas aconteçam e sentenciem pessoas que simplesmente tem preferencias sexuais diferentes! Estou simplesmente perplexa e sinto pelas pessoas que sofrerão com essa barbárie! Ser homossexual não influencia no caráter de ninguém e não é como uma doença contagiosa! Espero e vibro daqui que as autoridades responsáveis façam algo para parar essa triste realidade!!

Fonte amiga: http://www.tribunadabahia.com.br/

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Garoto de 12 anos cria impressora braille feita com Lego!

Acima o menino  Shubham Banerjee,com a impressora braille que ele criou nas mãos.

Shubham Banerjee, Filho de indianos, nasceu na Bélgica e com três anos de idade mudou-se para Califórnia. Hoje com 12 anos o garoto resolveu desenvolver uma impressora braille em seu projeto para a feira de ciências da escola. Ele sabe a realidade do mundo em que estamos vivendo.
Se você não sabe aí vai: “Duzentos e oitenta e cinco milhões é o número de deficientes visuais do mundo, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde. Talvez você não soubesse disso. E aqui vai uma informação adicional: 90% deles vivem em países em desenvolvimento, como Brasil e Índia”.
Sabendo disso e com um kit Lego Mindstorms EV3 e alguns acessórios baratos, Shubham criou a BRAIGO, impressora braille feita com peças do brinquedo de montar. Seu objetivo era tornar mais acessível uma ferramenta tão importante para o uso pessoal e educacional de pessoas com limitações visuais.
Por incrível que pareça o projeto foi um sucesso. A impressora do garoto custa 355 dólares (cerca de R$845) enquanto as mais simples oferecidas no mercado custam mais de 2 mil dólares (algo em torno de R$4.700). A partir da divulgação do trabalho, várias pessoas entraram em contato com Shubham buscando mais informações sobre como adquirir a BRAIGO.
E por isso ele criou uma página no Facebook, onde dá mais informações sobre a impressora. Em post recente ele lembrou às pessoas que tem apenas 12 anos e avisou que não está comercializando o produto e no momento investe seu tempo em uma nova versão da BRAIGO, capaz de ler uma página inteira de texto para transformá-la em braille. (imaginemos a quantidade de pessoas que quer logo essa nova invenção).
 O novo objetivo de Shubham é disponibilizar todas as informações para que pessoas do mundo inteiro possam produzir suas próprias BRAIGO, adaptando os software para as características do braille em outros idiomas. Ele espera, futuramente, poder contribuir ainda mais no campo da ciência e da engenharia. E nós estamos ansiosos por isso, Shubham Banerjee.

São mentes como essa que fazem parte da nova geração que vem modificar as coisas por aqui. São jovens e até mesmo crianças que estão chegando para inovar e nos mostrar novas possibilidades de mundo, um mundo melhor! Vamos ficar atentos a eles para que possamos incentivá-los a continuar, vamos estimular, pois são eles: a nova geração, que realmente vão fazer o futuro!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014


18 de fevereiro dia da síndrome de asperger



E então é hoje: dia da síndrome de asperger. Hoje o termo é considerado somente mais uma das facetas do aspectro do autismo. Não falamos mais Asperger, porém o dia existe e é mais uma forma de conhecermos mais um pouco do autismo!
Vamos lá:

A Síndrome de Asperger é uma perturbação neurocomportamental de base genética, pode ser definida como uma perturbação do desenvolvimento que se manifesta por alterações sobretudo na interacção social na comunicação e no comportamento. Embora seja uma disfunção com origem num funcionamento cerebral particular, não existe marcador biológico, pelo que o diagnóstico se baseia num conjunto de critérios comportamentais.

Entre as características mais comuns podemos destacar:

-Deficit de comportamento social;
-Interesses limitados;
-Comportamentos rotineiros;
-Peculiaridade do discurso e da linguagem;
-Perturbação na comunicação não verbal;
-Descoordenação motora.

História

O primeiro trabalho sobre a síndrome foi feito pelo psiquiatra e pediatra austríaco Hans Asperger, mas permaneceu praticamente desconhecido. O reconhecimento internacional ocorreu somente em 1994, quando foi incluída pela primeira vez no DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), o manual de diagnóstico e estatísticas de transtornos mentais, organizado pela Associação Americana de Psquiatria. Por se tratar de uma patologia recentemente descrita, não existem dados confiáveis sobre a incidência.

A partir de 2013, a síndrome de Asperger deixa de ter essa denominação e passa a ser classificada no DSM como uma forma branda de autismo – uma recomendação que deverá ser mundialmente adotada. Diferentemente do autismo clássico, porém, quem tem Asperger não apresenta comprometimento intelectual e retardo cognitivo. Por isso os primeiros sinais e sintomas do distúrbio costumam ser ignorados pelos pais, que os atribuem a características da personalidade da criança.

"Muitos portadores da síndrome possuem, inclusive, QI acima dos índices normais. E o fato de terem habilidade verbal muito desenvolvida, com um vocabulário amplo, diversificado e rebuscado, reforça nos pais a ideia de que seus filhos são superdotados", diz Walkiria Boschetti, neuropsicóloga do Einstein. O foco exagerado sobre um assunto específico – como automóveis, aviões ou robôs, por exemplo – é outro sintoma característico da síndrome interpretado de forma inadequada pelos pais e familiares, que acabam incentivando a restrição de interesses dessas crianças, oferecendo apenas presentes relacionados ao tema.

Diagnóstico

Os sinais e sintomas da síndrome de Asperger podem aparecer nos primeiros anos de vida da criança, mas raramente são valorizados pelos pais como algo negativo, especialmente se as manifestações forem leves. A grande maioria dos diagnósticos da síndrome de Asperger é feita a partir da fase escolar, quando a dificuldade de socialização, considerada a característica mais significativa do distúrbio, manifesta-se com maior intensidade, juntamente com o desinteresse por tudo que não se relacione com o hiperfoco de atenção. "O que efetivamente chama a atenção dos pais são os sintomas associados ao isolamento social, inadequação de comportamentos ou manifestações de ansiedade, depressão ou irritabilidade", diz Sandra Lie Ribeiro do Valle, neuropsicóloga do hospital.

Usualmente, os primeiros relatos sobre os problemas observados são feitos ao pediatra, que poderá encaminhar a criança aos médicos especialistas para uma avaliação mais profunda e detalhada. Não existem exames laboratoriais ou de imagem destinados à confirmação do diagnóstico. "Hoje, o principal instrumento para essa finalidade são os testes aplicados por neuropsicólogos, que por meio de tarefas propostas à criança observam e avaliam aspectos cognitivos e comportamentais, como memória, atenção e habilidades sociais", diz o Dr. Fabio Sato, psiquiatra da infância e adolescência da Clínica de Especialidades Pediátricas do Einstein, instituição que aplica um extenso e detalhado protocolo para diagnóstico e tratamento dessa patologia. Segundo ele, o Brasil ainda carece de uma padronização na abordagem diagnóstica dessa patologia, uma vez que ferramentas como a AD (questionário utilizado em entrevistas com os pais) e a ADOS (questionário para entrevistas com as crianças) ainda não foram validadas aqui, embora o uso já esteja consagrado nos Estados Unidos e na Europa.

Quem tem síndrome de Asperger tende a apresentar alterações nos testes de avaliação de reconhecimento de emoções e nos que analisam a capacidade de inferir o que os outros estão pensando. "São pessoas que têm extrema dificuldade em entender o que pensam e sentem aqueles que os cercam, a menos que essas emoções sejam explicitamente demonstradas e explicadas a eles. Também são inflexíveis, por isso prendem-se a regras e não conseguem agir com flexibilidade, conforme cada situação", explica Sandra Lie Ribeiro do Valle.

Tratamento multidisciplinar

São envolvidos médicos, neuropsicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos, uma vez que os indivíduos possuem alterações na fala (erros de prosódia, por exemplo, quando o indivíduo faz a transposição do acento tônico de uma sílaba para outra). "Basicamente, a terapia se baseia em transmitir as habilidades e recursos para as manifestações características, em especial a dificuldade no convívio social. Ele deve ser feita a longo prazo, já que se trata de um distúrbio crônico", explica Walkiria Boschetti. Medicamentos são utilizados apenas para tratar sintomas decorrentes dessas manifestações, como ansiedade, depressão e irritabilidade.

Quem tem Asperger e chega à vida adulta sem diagnóstico ou tratamento adequados pode enfrentar sérias dificuldades de relacionamento na vida pessoal, escolar e profissional. "Além disso, trata-se de um risco para o desenvolvimento de outros problemas, como o transtorno bipolar", adverte o Dr. Fabio Sato. Portanto, quanto mais precoces e precisos forem o diagnóstico e o tratamento, maiores serão as chances de a criança com Asperger desenvolver comportamentos mais saudáveis, tornando-se mais sociáveis, flexíveis e independentes.

Como lidar?


A criança com Síndrome de Asperger pode apresentar talentos específicos. “De uma maneira geral, os pais costumam incentivar uma aptidão que reconhecem nos filhos, o que chamamos de ilhas de habilidades. No caso da Síndrome de Asperger, esta atitude acaba intensificando o interesse restrito do paciente, piorando a clausura comportamental do indivíduo, tornando-o menos flexível a novos temas”, explica Iara Brandão Pereira, neurologista infantil.

Pensando em auxiliar no desenvolvimento das capacidades múltiplas da criança, a médica listou alguns itens importantes para quem convive com uma pessoa que apresenta este Transtorno do Espectro Autista (TEA).
É importante buscar uma interação muito boa entre a escola, a família e o profissional que acompanha o paciente no sentido de desenvolver a reciprocidade social do indivíduo.
Diversificar seus focos de interesse para que o paciente dê importância para outros assuntos e desenvolva novas habilidades, diminuindo assim, comportamentos repetitivos e restritivos.
Estimular o ‘falar olhando’, desenvolver a cultura do olhar direcionado, com intencionalidade comunicativa.
Estimular a criança, por meio de treinos, a reconhecer e compartilhar emoções e expressões faciais, assim como buscar Treino de Habilidades Sociais (THS), como possibilidade de melhoria no seu prognóstico social.
Dialogar sempre! Essa é a maneira mais preciosa de desenvolver a inteligência de qualquer criança, com ou sem diagnóstico de TEA.
Não criticar o interesse restrito da criança, apresentar outras opções e compartilhar estas ofertas com o filho. Utilize o interesse preferencial da criança como porta de entrada para a interação com ele.



“Agressividade, crises de birra, fobias e outras perturbações são manifestações inespecíficas e reacionais que podem estar presentes nesses pacientes, daí a importância do diagnóstico precoce a fim de minimizar disfunções adaptativas significativas”, afirma a neurologista infantil. Ainda de acordo com a Dra. Iara Pereira, o paciente com Síndrome de Asperger é habitualmente mal interpretado pelos seus pares, não sendo raros os frequentes desentendimentos nos relacionamentos interpessoais, levando ao isolamento social ou quadros depressivos.

Agora que você já tem o conhecimento: conviva de uma forma saudável e aprenda as particularidades de todos. Isso também é consciencia social!

Fonte amiga : http://www.einstein.br/einstein-saude/pagina-einstein/Paginas/entendendo-a-sindrome-de-asperger.aspx

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Esporte: sua importância na vida das pessoas deficientes!



A cada dia vemos a divulgação do esporte adaptado. Temos a paralimpiadas que são o grande orgulho do nosso país, ou deveria ser, (a última paralimpiada trouxe para o nosso país 47 medalhas - veja a matéria do dia 28 de julho de 2013) e é através do esporte que temos enormes conquistas e a divulgação da grande capacidade que as Pessoas com Necessidades Especiais possuem e que muitas vezes são subestimadas 
(http://atividadefisicasaudebemestar.blogspot.com.br/2012/09/historia-das-paralimpiadas.html -sugiro essa matéria para saber mais sobre a hostória das paralimpiadas). 
E é entrando nesse assunto que gostaria de dividir com vocês o documentário "O som do gol". Esse vídeo irá introduzir uma série de reportagens que irei estar postando sobre a questão das atividades motoras adaptadas e hoje o assunto é: jogos adaptados PARA CEGOS. 

Começemos com a paixão do brasileiro: o futebol!
Abaixo o documentário:



Vemos nessa reportagem a importancia do esporte na vida das pessoas cegas, pois auxilia na auto estima, na coordenação, nas relações, enfim, em tudo na vida. Esses jogadores sabem o querem e são um exemplo para todos nós. 

Mas calma ainda não acabou, abaixo temos o vídeo do Taekwondo adaptado, uma atividade criada pelo professor Roberto Cardia. Veja o vídeo abaixo:



Muito bacana a interação dos videntes com os cegos. É muito importante que nós videntes venhamos a ter consciencia de que podemos sim interagir de forma bacana e adaptada. Afinal de contas o mundo precisa parar de ser cerceador e começar a abraçar as diferenças INCLUINDO realmente e não somente dando um espaço especifico para que possam interagir somente entre eles.

E para fechar com chave de ouro o genial VOLBOL, o vôlei adaptado para cegos criado pelo professor Gregori Carvalho, mais um exemplo genial de um docente dedicado a fazer um mundo melhor.





Claro que existem muitas outras modalidades de esportes adaptados para deficientes, porém garanto que essas que mostramos já nos dão a ideia de como podemos adaptar O MUNDO para que TODOS possamos estar nele, incluidos de forma real e funcional. Podemos aprender uns com os outros e para que isso aconteça precisamos valorizar as capacidades de cada um. Esses professores são os verdadeiros exemplos de que podemos sim aprender mutuamente e você pode fazer parte dessa busca com eles, basta fazer a sua parte. Que parte é essa? Só você pode saber! 
Pense! Repense! Faça a Diferença!