sexta-feira, 21 de março de 2014

DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN



Hoje é o dia internacional da síndrome de Down. Após ter passado o dia fiquei me perguntando o que postar para não ficar sendo repetitiva. Portanto achei um vídeo muito bacana que acredito que pode resumir o sentimento de amor que tenho por esses seres muito especiais.

Reportagem:

Mãe descobre que filho terá Síndrome de Down e envia e-mail para organização de apoio perguntando como será a vida da criança no futuro. Agência de publicidade italiana Saatchi & Saatchi resolveu a partir dessa carta criar a campanha a nova campanha da CoorDown, organização nacional de apoio à Síndrome de Down.
"Que tipo de vida o meu filho vai ter?", perguntou a mulher que estava com medo, pois acabara de descobrir que seu filho iria nascer com a Síndrome.
O anúncio foi feito especialmente para o Dia Mundial da Síndrome de Down (21 de março), traz 15 portadores da Síndrome de Down para responder a pergunta da mãe, mostrando as alegrias e os desafios que o filho possivelmente enfrentará no futuro.
O filme adota o conceito "Todo mundo tem o direito de ser feliz", a fim de promover a diversidade e integração na sociedade, especialmente na escola e no trabalho.
Este é o terceiro ano de trabalho da Saatchi com a CoorDown. As duas últimas campanhas ganharam 11 Leões em Cannes para a agência.
Veja o filme emocionante abaixo:



Filme em inglês, porém é só selecionar a legenda do Youtube!


fonte amiga: http://bit.ly/1qDzQjQ

segunda-feira, 10 de março de 2014



Com 77 anos a idosa com Down mais velha do Brasil esbanja saúde.



No último dia 26 de fevereiro foi divulgado o índice que comprova que a senhora Olga Gums de 77 anos é a idosa com síndrome de Down mais velha já registrada no Brasil. Olga nasceu em Santa Maria de Jetibá (região serrana do Espírito Santo), e hoje mora em um sítio no distrito de Aparecidinha, no município de Santa Tereza.
Nesse sítio tem uma vida saudável, passa o dia tocando gaita, rezando e recebendo visitas que sempre levam um pão doce da padaria, guloseima que dona Olga adora. Sempre sentada na varanda em sua preferida cadeira de balanço.
Problemas de saúde que surgem (como a catarata que a deixou cega de um olho) são decorrentes da idade e não da síndrome. Até os médicos se surpreendem com a vitalidade da idosa. 
"Fizemos de tudo para que ela fosse reconhecida. Eu vi que existia esse recorde no site do RankBrasil e me informei sobre como inscrevê-la. Chegamos a procurar apoio dos órgãos públicos, mas não tivemos sucesso. Foi então que amigos e familiares se mobilizaram para providenciar todos os papéis, pagar as taxas da papelada e, finalmente, enviar tudo para o reconhecimento. Mostramos a foto dela no jornal local e ela sorriu", diz a sobrinha-neta Pollyana Hoffmamm Gums, filha de um dos sobrinhos de Olga.
Segundo Pollyana, a tia nasceu no município mais pomerano do país e é filha de pais pomeranos que vieram morar no Espírito Santo e se instalaram na região. Por isso, não fala português. "Ela nasceu aqui, mas só fala pomerano, como muitos. Tudo que é preciso falar em português é traduzido pela minha tia Sofia Gums que é sobrinha dela e é também quem cuida e mora com ela".
Caçula entre 11 irmãos, Olga irá comemorar 78 anos em maio deste ano e deverá viver muitos anos, garantem os familiares. A expectativa de vida das pessoas com Síndrome de Down até 1990 era de 50 anos.
"O recorde foi uma conquista batalhada exclusivamente pela família, infelizmente os deficientes ainda sofrem preconceito na atualidade, mas para nós é uma felicidade muito grande ter um membro familiar reconhecido. Ela é amada independente de qualquer cromossomo a mais. É tratada com muito respeito e carinho e devolve em dobro com sua alegria", afirma a sobrinha.

Fiquei muito alegre ao ler essa reportagem por sentir o orgulho que a familia tem de sua idosa e podemos ver o reconhecimento, os cuidados e o amor despendido para essa senhora que possui a sindrome de Down. A poucos anos tinhamos pessoas com deficiências trancadas em suas casas, longe de tudo e todos sendo motivo de vergonha e hoje temos a busca pelo reconhecimento e o orgulho de mostrar como qualquer um pode ser um membro amado da sociedade, dono de uma vida com qualidade e portanto tendo longevidade. Um grande exemplo essa familia! Que possamos nos alegrar! Que possamos compartilhar essa ideia de valorização de quem amamos, independente de qualquer coisa.






domingo, 9 de março de 2014

Primeiro parque para crianças deficientes é lançado em São Paulo


Acima o empresário Rudi Fischer, fundador do primeito parque acessível em São Paulo.



O executivo do setor Rudi Fischer fundou o primeiro parque acessível em São Paulo. Ele teve essa iniciativa devido a morte trágica de sua filhinha Anna Laura, de apenas 3 anos, em um acidente de carro. Ele havia largado uma bem-sucedida carreira no Banco Itaú para trabalhar em casa e ficar mais próximo da primeira filha até que ocorreu a tragédia.
O que o ajudou a aplacar a perda foi uma viajem que o executivo fez até Israel tendo contato com os preceitos do Judaísmo. . "Aprendi que deveria realizar algo positivo em nome dela para ajudar a elevar sua alma", afirma Fischer. A ideia do que fazer veio de Jaffa, a 50 km de Jerusalém , ao conheceu um escorregador adaptado para crianças com deficiência (possuía uma rampa em vez de escada). Foi ali o pontapé inicial para a contrução do primeiro parquinho infantil acessível na cidade de São Paulo que foi inaugurado no dia 25 de janeiro em uma unidade da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Parque da Mooca, na Zona Leste.
Batizada de Anna Laura Parques para Todos, a iniciativa conta com a colaboração da própria AACD, que disponibilizou terapeutas para ajudar a projetar os brinquedos, ao lado de engenheiros e arquitetos voluntários. Ao todo são quinze peças no local, como balanços para crianças com dificuldades motoras e equipamentos com recursos para o uso por cadeirantes. 
Fischer bancou integralmente o valor da obra que foi de 120 mil reais. Ele hoje está aposentado do mercado financeiro.
A ação será levada adiante com a inauguração de mais espaços semelhantes, o próximo no Parque do Cordeiro, em Santo Amaro, ainda neste ano. Outros devem ser implantados em cidades como Recife e Porto Alegre. "É emocionante poder ajudar o próximo por meio de uma homenagem à minha filha", diz o executivo. Ele ainda pretende lançar um livro com a história da menina nos próximos meses e fundar uma ONG de auxílio a pais em luto.
São exemplos como esse que gostaria de ver estampados em revistas, telejornais e outdoors por onde passássemos para que conseguíssemos ter aquela sensação: NÃO ESTAMOS SOZINHOS! 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Árbitro Márcio Chagas sofre racismo





Nessa última quarta feira durante um jogo na serra gaúcha o árbitro Márcio Chagas da Silva sofreu agressões racistas sendo xingado por torcedores com expressões como "Macaco safado ladrão, volta para selva negro imundo". Como se isso não bastasse quando foi até o seu carro encontrou-o amassado e com bananas em cima do carro e no cano de escapamento. Isso é inaceitável nos dias de hoje e no nosso Brasil que tem em sua maioria pessoas negras! Não consigo imaginar o que passa na cabeça de pessoas que ainda acham que a cor da pele, ou como vimos na reportagem anterior, a opção sexual, nos faz sermos diferentes em direitos. Não somos iguais na forma de ser (nenhum de nós), mas somos iguais nos direitos, ir e vir sem sermos vítimas de atos de violência preconceituosos feitos por pessoas que ainda não sabem o que é respeito, consideração e educação baseada na inclusão e respeito a diversidade. 

Sinto-me muito entristecida por ter tantas noticias ruins essa semana, mas acho que episódios assim precisam ser divulgados para que possamos enchergar que existe muito trabalho a ser feito ainda e que devemos nos levantar contra essas injustiças!

Não posso deixar de levantar aqui a questão de que mesmo sem querer estamos acostumados a usar expressões racistas e segregadoras como "tinha que ser coisa de preto", "mas que bichisse" e outras coisas que devem estar vindo a sua cabeça! Não esqueçamos do que sempre insisto em dizer aqui: o preconceito vem dos detalhes, das repetições sociais que insistimos em levar adiante sem termos senso crítico!!
Sinto por mais um episódio de racismo e insisto que primeiro modifiquemos nossos comportamentos e depois venhamos a servir de exemplo para o nosso próximo!
Menino é espacado até a morte para “andar como homem”.




Um menino chamado Alex, de 8 anos, foi espancado até a morte pelo próprio pai no Rio de Janeiro. Esse caso aconteceu no dia 17 de fevereiro, porém veio à tona nessa última semana e chocou o nosso Brasil.
O menino morava com a mãe Digna Medeiros em Mossoró (RN) e após a mãe receber um aviso que poderia perder a guarda do filho por não estar mandando o menino para escola mandou o filho para o Rio de Janeiro para morar com o pai Alex André, a mulher do mesmo e mais cinco filhos num casebre de três cômodos na Vila Kennedy (Rio de Janeiro), uma área sem UPP, onde três facções rivais travam uma guerra. 
Durante o tempo que o menino ficou com o pai ele sofria “punições” severas por ser “afeminado” e para “andar como homem” (termos que o pai usou no seu depoimento para a polícia). O menino gostava de lavar a louça e de dança do ventre e por esses e outros motivos apanhava. Durante as surras ele não chorava então o pai irritado batia cada vez mais. Aconteceram essas barbáries até o dia em que o menino apanhou por duas horas até cair morto. O motivo da surra desse dia? Ele não queria cortar o cabelo. Foi levado ao hospital onde os médicos suspeitaram dos maus tratos devido a o corpo já estar cheio de hematomas nos joelhos, cotovelos, coluna cervical, rosto e tórax, entre outros locais do corpo, caracterizando que o sofrimento do menino era rotina, e ao fim constataram que o fígado foi perfurado durante o espancamento o que resultou em uma hemorragia interna e, portanto a morte.
Também é investigada a possibilidade do menino ter sofrido cárcere privado, pois os vizinhos dizem ver raramente o menino, até mesmo achando que ele tinha voltado para a casa da mãe. Não se sabe se realmente ninguém ouvia nada ou se lá impera a lei do silêncio devido a criminalidade.

Se os vizinhos dizem não saber de nada, no colégio tampouco desconfiavam do que Alex passava em casa. Matriculado em maio de 2013 na Escola Municipal Coronel José Gomes Moreira, também na Vila Kennedy, o garoto era considerado calmo, obediente e inteligente. Teve ótimo desempenho no ano passado: nota 88 no segundo bimestre, primeiro que cursou no local, nota 100 no terceiro, e 90 no último. Este ano, não apareceu, mas os funcionários não se preocuparam: em janeiro, Alex André fora à unidade pedir a documentação escolar, dizendo que o filho voltaria para Mossoró.
O “monstro de Bangu” (como os vizinhos apelidaram) negou ter tido a intenção de matar, mas insistia que o filho tinha que ser “homem”.

O pai já tinha renegado alguns filhos porem ser “pouco másculo” como ele diz, portanto já tem histórico de homofobia, além de ter comprido pena por tráfico de drogas.
Digna e o conselheiro tutelar foram os únicos que participaram do enterro de Alex. Mas a cena do menino no caixão branco, de blusinha listrada, ainda marcado pela violência, foi tão forte que levou pessoas de quatro velórios que eram realizados ao lado a sair de suas capelas para abraçar a mãe.
Essa reportagem acima foi muito difícil de ser transcrita por mim no blog, pois me sensibilizou muito. Mostra a ignorância ferrenha que as pessoas carregam dentro de si. É a ignorância, o não aceitar o diferente, uma educação deficitária e marcada pela homogeneização social, pelos padrões RIDÍCULOS DE “NORMALIDADE”. É a animalidade humana, a falta de amor!!
Gostar de lavar a louça e de dança do ventre não faz um menino ter atração por outros meninos, não são cores, brinquedos ou coisas assim que me fazem ser mulher que gosta de homem e nem te fará ser homem que gosta de mulher. São escolhas que fazemos e precisamos urgentemente mudar nossos preconceitos internos para que finalmente consigamos superar essa educação deficitária que passamos geração a geração. Sim minha gente, infelizmente mais uma vida foi ceifada nesse nosso Brasil coração do mundo. Foi no Rio de Janeiro, longe de nós não é mesmo? Você e eu não temos nada a ver com isso! Bom... não fomos nós que fizemos isso, mas não nos isentemos de nossas atitudes que por vezes são preconceituosas. Lembre-se do filme “corrente do bem”, eu diria que isso serve para a busca de um mundo diferente. Faça a diferença na vida das pessoas, faça-as mudar a própria visão de mundo e elas propagarão essa ideia e quando vermos poderemos sim mudar o mundo. Talvez eu não esteja mais aqui nesse mundo quando orgulhosamente não teremos mais essas noticias para postar, mas saberei de onde estiver que eu ajudei a melhorar o mundo quando passei por aqui e que deixei minha semente do bem espalhada por aí! Você pode fazer o mesmo. Mude de dentro para fora e contagie. Vamos lutar para que casos como o do menino Alex diminuam até o ponto de não acontecer mais. Nós podemos. JUNTOS!


Fonte amiga: http://www.wscom.com.br/noticia/brasil/PAI+ESPANCA+FILHO+ATE+A+MORTE+NO+RIO-165511