segunda-feira, 10 de março de 2014



Com 77 anos a idosa com Down mais velha do Brasil esbanja saúde.



No último dia 26 de fevereiro foi divulgado o índice que comprova que a senhora Olga Gums de 77 anos é a idosa com síndrome de Down mais velha já registrada no Brasil. Olga nasceu em Santa Maria de Jetibá (região serrana do Espírito Santo), e hoje mora em um sítio no distrito de Aparecidinha, no município de Santa Tereza.
Nesse sítio tem uma vida saudável, passa o dia tocando gaita, rezando e recebendo visitas que sempre levam um pão doce da padaria, guloseima que dona Olga adora. Sempre sentada na varanda em sua preferida cadeira de balanço.
Problemas de saúde que surgem (como a catarata que a deixou cega de um olho) são decorrentes da idade e não da síndrome. Até os médicos se surpreendem com a vitalidade da idosa. 
"Fizemos de tudo para que ela fosse reconhecida. Eu vi que existia esse recorde no site do RankBrasil e me informei sobre como inscrevê-la. Chegamos a procurar apoio dos órgãos públicos, mas não tivemos sucesso. Foi então que amigos e familiares se mobilizaram para providenciar todos os papéis, pagar as taxas da papelada e, finalmente, enviar tudo para o reconhecimento. Mostramos a foto dela no jornal local e ela sorriu", diz a sobrinha-neta Pollyana Hoffmamm Gums, filha de um dos sobrinhos de Olga.
Segundo Pollyana, a tia nasceu no município mais pomerano do país e é filha de pais pomeranos que vieram morar no Espírito Santo e se instalaram na região. Por isso, não fala português. "Ela nasceu aqui, mas só fala pomerano, como muitos. Tudo que é preciso falar em português é traduzido pela minha tia Sofia Gums que é sobrinha dela e é também quem cuida e mora com ela".
Caçula entre 11 irmãos, Olga irá comemorar 78 anos em maio deste ano e deverá viver muitos anos, garantem os familiares. A expectativa de vida das pessoas com Síndrome de Down até 1990 era de 50 anos.
"O recorde foi uma conquista batalhada exclusivamente pela família, infelizmente os deficientes ainda sofrem preconceito na atualidade, mas para nós é uma felicidade muito grande ter um membro familiar reconhecido. Ela é amada independente de qualquer cromossomo a mais. É tratada com muito respeito e carinho e devolve em dobro com sua alegria", afirma a sobrinha.

Fiquei muito alegre ao ler essa reportagem por sentir o orgulho que a familia tem de sua idosa e podemos ver o reconhecimento, os cuidados e o amor despendido para essa senhora que possui a sindrome de Down. A poucos anos tinhamos pessoas com deficiências trancadas em suas casas, longe de tudo e todos sendo motivo de vergonha e hoje temos a busca pelo reconhecimento e o orgulho de mostrar como qualquer um pode ser um membro amado da sociedade, dono de uma vida com qualidade e portanto tendo longevidade. Um grande exemplo essa familia! Que possamos nos alegrar! Que possamos compartilhar essa ideia de valorização de quem amamos, independente de qualquer coisa.






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