sexta-feira, 7 de março de 2014

Menino é espacado até a morte para “andar como homem”.




Um menino chamado Alex, de 8 anos, foi espancado até a morte pelo próprio pai no Rio de Janeiro. Esse caso aconteceu no dia 17 de fevereiro, porém veio à tona nessa última semana e chocou o nosso Brasil.
O menino morava com a mãe Digna Medeiros em Mossoró (RN) e após a mãe receber um aviso que poderia perder a guarda do filho por não estar mandando o menino para escola mandou o filho para o Rio de Janeiro para morar com o pai Alex André, a mulher do mesmo e mais cinco filhos num casebre de três cômodos na Vila Kennedy (Rio de Janeiro), uma área sem UPP, onde três facções rivais travam uma guerra. 
Durante o tempo que o menino ficou com o pai ele sofria “punições” severas por ser “afeminado” e para “andar como homem” (termos que o pai usou no seu depoimento para a polícia). O menino gostava de lavar a louça e de dança do ventre e por esses e outros motivos apanhava. Durante as surras ele não chorava então o pai irritado batia cada vez mais. Aconteceram essas barbáries até o dia em que o menino apanhou por duas horas até cair morto. O motivo da surra desse dia? Ele não queria cortar o cabelo. Foi levado ao hospital onde os médicos suspeitaram dos maus tratos devido a o corpo já estar cheio de hematomas nos joelhos, cotovelos, coluna cervical, rosto e tórax, entre outros locais do corpo, caracterizando que o sofrimento do menino era rotina, e ao fim constataram que o fígado foi perfurado durante o espancamento o que resultou em uma hemorragia interna e, portanto a morte.
Também é investigada a possibilidade do menino ter sofrido cárcere privado, pois os vizinhos dizem ver raramente o menino, até mesmo achando que ele tinha voltado para a casa da mãe. Não se sabe se realmente ninguém ouvia nada ou se lá impera a lei do silêncio devido a criminalidade.

Se os vizinhos dizem não saber de nada, no colégio tampouco desconfiavam do que Alex passava em casa. Matriculado em maio de 2013 na Escola Municipal Coronel José Gomes Moreira, também na Vila Kennedy, o garoto era considerado calmo, obediente e inteligente. Teve ótimo desempenho no ano passado: nota 88 no segundo bimestre, primeiro que cursou no local, nota 100 no terceiro, e 90 no último. Este ano, não apareceu, mas os funcionários não se preocuparam: em janeiro, Alex André fora à unidade pedir a documentação escolar, dizendo que o filho voltaria para Mossoró.
O “monstro de Bangu” (como os vizinhos apelidaram) negou ter tido a intenção de matar, mas insistia que o filho tinha que ser “homem”.

O pai já tinha renegado alguns filhos porem ser “pouco másculo” como ele diz, portanto já tem histórico de homofobia, além de ter comprido pena por tráfico de drogas.
Digna e o conselheiro tutelar foram os únicos que participaram do enterro de Alex. Mas a cena do menino no caixão branco, de blusinha listrada, ainda marcado pela violência, foi tão forte que levou pessoas de quatro velórios que eram realizados ao lado a sair de suas capelas para abraçar a mãe.
Essa reportagem acima foi muito difícil de ser transcrita por mim no blog, pois me sensibilizou muito. Mostra a ignorância ferrenha que as pessoas carregam dentro de si. É a ignorância, o não aceitar o diferente, uma educação deficitária e marcada pela homogeneização social, pelos padrões RIDÍCULOS DE “NORMALIDADE”. É a animalidade humana, a falta de amor!!
Gostar de lavar a louça e de dança do ventre não faz um menino ter atração por outros meninos, não são cores, brinquedos ou coisas assim que me fazem ser mulher que gosta de homem e nem te fará ser homem que gosta de mulher. São escolhas que fazemos e precisamos urgentemente mudar nossos preconceitos internos para que finalmente consigamos superar essa educação deficitária que passamos geração a geração. Sim minha gente, infelizmente mais uma vida foi ceifada nesse nosso Brasil coração do mundo. Foi no Rio de Janeiro, longe de nós não é mesmo? Você e eu não temos nada a ver com isso! Bom... não fomos nós que fizemos isso, mas não nos isentemos de nossas atitudes que por vezes são preconceituosas. Lembre-se do filme “corrente do bem”, eu diria que isso serve para a busca de um mundo diferente. Faça a diferença na vida das pessoas, faça-as mudar a própria visão de mundo e elas propagarão essa ideia e quando vermos poderemos sim mudar o mundo. Talvez eu não esteja mais aqui nesse mundo quando orgulhosamente não teremos mais essas noticias para postar, mas saberei de onde estiver que eu ajudei a melhorar o mundo quando passei por aqui e que deixei minha semente do bem espalhada por aí! Você pode fazer o mesmo. Mude de dentro para fora e contagie. Vamos lutar para que casos como o do menino Alex diminuam até o ponto de não acontecer mais. Nós podemos. JUNTOS!


Fonte amiga: http://www.wscom.com.br/noticia/brasil/PAI+ESPANCA+FILHO+ATE+A+MORTE+NO+RIO-165511

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