Inclusão:
o que é?
Inclusão é uma proposta
de mudança de paradigmas, prevê a inserção escolar de forma radical, completa e
sistemática. Todos os alunos, sem exceção, devem frequentar as escolas.
As escolas inclusivas
propõem um modo de organização do sistema educacional que considera as
necessidades de todos os alunos e que é
estruturado em função dessas necessidades.
Estamos numa crise de
paradigmas (normas, modelos a serem seguidos) em que a escola está saturada de
formalismo e racionalidade, burocracia, e a inclusão vem propor uma nova visão
de mundo.
Frente a esse
esgotamento que vemos diariamente nas escolas precisamos de uma mudança
urgente.
“Diante das novidades a
escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor nem anulando e
marginalizando as diferenças nos processos, pelos quais, forma e instrui os
alunos. E muito menos desconhecer que aprender implica em ser capaz de
expressar dos mais variados modos, o que sabemos, implica representar o mundo a
partir de nossas origens, de nossos valores e sentimentos”.
Precisamos rever o
conceito de conhecimento que está baseado unicamente num modelo de
cientificidade, num modelo único de epistemologia. Precisamos reconhecer que
existem outras formas de conhecimento que precisam ser alcançadas. Não devemos
descartar o conhecimento acadêmico em momento algum, porém devemos abrir nosso
campo de visão.
As escolas abriram
lugar para novos grupos sociais entrarem, porém não se abriu para os novos
conhecimentos. Há uma tentativa de massificar a cultura tradicional e não de
tentar aprender com as diferenças.
O ensino curricular das
escolas “recortam” as disciplinas e isola os conhecimentos ao invés de usar a
multidisciplinidade. O pensamento funciona por recomposição, contextualização e
integração de saberes.
“Os sistemas escolares
também estão montados a partir de um pensamento que recorta a realidade, que
permite dividir os alunos em normais e deficientes, as modalidades de ensino em
regular e especial, os professores em especialistas nesta e naquela
manifestação das diferenças. A logica dessa organização é marcada por uma visão
determinista, mecanicista, formalista, reducionista, própria do pensamento
cientifico moderno, que ignora o subjetivo, o afetivo, o criador, sem os quais
não conseguimos romper o velho modelo escolar para produzir a reviravolta que a
inclusão impõe”.
“PARA
REFORMAR A INSTITUIÇÃO TEMOS QUE REFORMAR AS MENTES, MAS NÃO SE PODE REFORMAR
AS MENTES SEM UMA PRÉVIA REFORMA DA INSTITUIÇÃO”.
***
Referência Bibliográfica
MANTOAN, Maria Tereza
Egler. Inclusão escolar. O que é? Por quê? Como fazer. 1ª ed. São Paulo:
Moderna, 2003.
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