sábado, 25 de maio de 2013

Inclusão: o que é?




Inclusão é uma proposta de mudança de paradigmas, prevê a inserção escolar de forma radical, completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção, devem frequentar as escolas.
As escolas inclusivas propõem um modo de organização do sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades.
Estamos numa crise de paradigmas (normas, modelos a serem seguidos) em que a escola está saturada de formalismo e racionalidade, burocracia, e a inclusão vem propor uma nova visão de mundo.
Frente a esse esgotamento que vemos diariamente nas escolas precisamos de uma mudança urgente.

“Diante das novidades a escola não pode continuar ignorando o que acontece ao seu redor nem anulando e marginalizando as diferenças nos processos, pelos quais, forma e instrui os alunos. E muito menos desconhecer que aprender implica em ser capaz de expressar dos mais variados modos, o que sabemos, implica representar o mundo a partir de nossas origens, de nossos valores e sentimentos”.

Precisamos rever o conceito de conhecimento que está baseado unicamente num modelo de cientificidade, num modelo único de epistemologia. Precisamos reconhecer que existem outras formas de conhecimento que precisam ser alcançadas. Não devemos descartar o conhecimento acadêmico em momento algum, porém devemos abrir nosso campo de visão.
As escolas abriram lugar para novos grupos sociais entrarem, porém não se abriu para os novos conhecimentos. Há uma tentativa de massificar a cultura tradicional e não de tentar aprender com as diferenças.
O ensino curricular das escolas “recortam” as disciplinas e isola os conhecimentos ao invés de usar a multidisciplinidade. O pensamento funciona por recomposição, contextualização e integração de saberes.

“Os sistemas escolares também estão montados a partir de um pensamento que recorta a realidade, que permite dividir os alunos em normais e deficientes, as modalidades de ensino em regular e especial, os professores em especialistas nesta e naquela manifestação das diferenças. A logica dessa organização é marcada por uma visão determinista, mecanicista, formalista, reducionista, própria do pensamento cientifico moderno, que ignora o subjetivo, o afetivo, o criador, sem os quais não conseguimos romper o velho modelo escolar para produzir a reviravolta que a inclusão impõe”.


“PARA REFORMAR A INSTITUIÇÃO TEMOS QUE REFORMAR AS MENTES, MAS NÃO SE PODE REFORMAR AS MENTES SEM UMA PRÉVIA REFORMA DA INSTITUIÇÃO”.
                                                           
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Referência Bibliográfica


MANTOAN, Maria Tereza Egler. Inclusão escolar. O que é? Por quê? Como fazer. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2003.

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