quinta-feira, 23 de maio de 2013

Oficina de Surdo Cegueira 
no Plenarinho - Porto Alegre

No último final de semana (18 de maio de 2013) aconteceu oficina internacional- Surdocegueira: conhecer para desenvolver, na Sala João Neves da Fontoura (Plenarinho). 3° andar da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - Porto Alegre – RS. Foi coordenada por Alex Garcia e contou com a presença da Profª Doutora Isabel Amaral.
A oficina foi maravilhosa cheia de relatos e novas formas de ver a surdocegueira, o que exige sensibilidade e muito amor. Como referencia de superação e desenvolvimento de habilidades tivemos o coordenador gaúcho Alex Garcia, uma das Pessoas Surdocegas e Pessoa com Doença Rara mais conhecidas do Mundo. É coordenador do Núcleo Regional Rio Grande do Sul do Instituto Baresi. Especialista em Educação Especial pela UFSM/RS foi o primeiro Surdocego brasileiro que cursou uma Universidade. Promoveu e promove diversos cursos para orientação de famílias e profissionais para saberem como lidar com pessoas com surdocegueira. Contamos com a presença também da portuguesa Isabel Amaral que ao longo da história se constituiu em um dos maiores nomes da Surdocegueira mundial. É Terapeuta da Fala. Mestre em Educação de Surdocegos e Multideficientes, Doutora em Psicologia do Desenvolvimento e da Educação. É consultora do Programa Perkins International, Boston, EUA, tendo desenvolvido atividades de consultoria a instituições e formação de profissionais no Brasil, na Argentina, e em países do Leste Europeu. É atualmente professora convidada da PUC – SP, no curso de Fonoaudiologia onde participa num projeto na área da surdocegueira e múltipla deficiência.
Nem precisamos citar a importância dos relatos de pais e outros profissionais que nos trouxeram sua experiência com a surdocegueira.

Abaixo temos a imagem do nosso querido Alex Garcia usando o computador com adaptação de letras ampliadas na tela (tecnologia assistiva – ver postagem do dia 25 de abril de 2013) para comunicar-se com uma amiga, mãe de um menino com surdocegueira. Ao lado vemos a Drª Isabel Amaral.


OBS: Nosso amigo Alex tem baixa visão, portanto devemos considerá-lo como surdocego, pois o sentido inverso (visão) à sua deficiencia não compensa a perda auditiva.

Tivemos como foco durante a oficina o assunto: comunicar é preciso. Durante as palestras, que muitas vezes tornaram-se interativas, a noção do quanto a surdocegueira deve ser estudada e exige de nós (ouvintes e com uma visão perfeita) a sensibilidade de valorizarmos o que na nossa sociedade hoje parece ser evitada: A APROXIMAÇÃO. O toque, o sentir hoje é evitado e para o Surdocego é a forma de conseguir “ver” o mundo. Precisamos rever conceitos que vem não só da visão perante a surdocegueira mas sim da nossa sociedade como um todo e a forma com que nos relacionamos uns com os outros.

Abaixo eu e o Alex.


Outros cursos serão ministrados pelo nosso querido Alex Garcia e divulgaremos no blog para que todos possamos nos mobilizar para aprender muito sobre novas formas de construir nossa consciência inclusiva.

PS: As oficinas tem sempre um valor simbólico, então não tem desculpa, vale a pena conferir.





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